JORGE

Eu tenho em minhas mãos as armas de São Jorge!

Com sete cabeças o monstro me espreita

Pronto! Com lança, escudo e fé

pressinto o seu brilho.

Jorge, desta vez, descansa

Em mim confia.

Em seu cavalo,

parto em disparada `

Pela estrada de luz

Lua cheia.

Paro!

Coração aos pulos

Vejo a sombra do bicho:

(Banquete em cama e mesa)

Olhos cortantes, reflexos da ira,

afugentam a cobiça que saliva.

Ao seu lado, o fascínio é exercido

por quem experimenta a beleza

e com orgulho se delicia.

A cena dantesca drena minhas forças...

Meu desânimo vai tragando a luz,

que aos poucos se esconde nos porões do meu ser.

Enquanto isso, Jorge olha pra mim e sorri,

restituindo em amor a minha humanidade.

Fecho os olhos,

mas, antes, compreendo por que

só enxergava sombras.

Com os primeiros raios de sol,

o Santo Guerreiro forja para mim

escudo e espada

e ordena que eu volte pra casa.

A luta não acaba nunca...

Renasci em amor!

Stella Motta
Enviado por Stella Motta em 23/04/2020
Reeditado em 23/04/2020
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