REPAREM ESSAS MÃOS...
O comando da mão que fere
Por uma ordem impensada executa
A intenção mais sórdida oculta
Na voz de quem a profere.
A mão que acolhe a outro comando se inclina
E se expressa pela beleza da alma espelhada
Onde rompida a esperança, ei-la reatada
Pelo nobre gesto que tanto mais a refina.
Sagradas mãos que o Amor exemplificou pela vida
E em agonia suprema permaneceram estendidas
Abarcando a humanidade num grande elo.
Outras mãos neste percurso ensejando ocultar a luz
Ferem, sangrando o irremovível ato de Jesus,
Empunhando as lanças injustas do flagelo.