DOCE AMADA

Ao amanhecer, sou agraciado pelo seu abraço e cheiro esplêndido. Com uma doce perfeição, vejo suas retinas deleitarem-se de prazer, inclinando seu rosto rumo ao meu, ainda sem saber bem o que está acontecendo. Ora, pois, é uma saudação de mais um dia a adentrar-se!

Digo ao olhar sua face: “Ó, meu Deus, na minha imperfeição, colocastes em minha vida uma alma que jamais consegui maquinar. Quão grato eu sou pelas Tuas Promessas.” Ela sorri, num tom de timidez e gratidão por ser tratada de uma forma nunca antes imaginada.

E nessa anestesia oriunda de uma miscelânia de sensações, em minha mente concluo: com um coração machucado, ainda foi capaz de amar; danos sofridos por diversos fatores, uns inerentes às intemperes da vida, outros provocados pelos seus próprios atos. Que novidade há nisso? O que mais me fascina não reside seus atributos sociais, acadêmicos ou intelectuais, mas, sim do seu caráter resiliente e da entrega das adversidades nas mãos de Deus.

Mesmo não sendo digno de seu coração, juntou-se em minha vida de maneira arrebatadora. Em meus dias, floresceram a paz, esperança e a reaproximação com o Verdadeiro Amor.

Com um toque suave de sua companhia, me sinto útil para este mundo; para todas as lâmpadas que foram apagadas por sua voracidade. Nessa causa, estendeu sua mão sem rejeição, proclamando o evangelho de Deus rumo a salvação.

Se eu pudesse descrever em palavras o que sinto em meu coração, certamente só concluiria para além desta vida.

Matheus Phelipe
Enviado por Matheus Phelipe em 12/09/2019
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