A gente não serve a um deus imaginário
A gente não serve a um deus imaginário.
Desses que cabem em qualquer armário.
De rosto, com forma e palpável.
Não servimos a um deus criado por cabeças assustadas.
Que não sabendo explicar os fenômenos e suas causas.
Fez divindades e as acusou pelo inexplicável.
Não nos escondemos em um deus que convém.
Que a gente serve e se sente bem.
Só para não lutar as lutas que nos obrigam.
Não servimos as sandices da religião.
Onde o tal deus se faz vilão.
E quer matar quem não o segue.
Mas a gente conhece um Deus e Ele só.
Que não foi criado e nos criou do pó.
Um Deus que é espírito e verdade.
A gente conhece um Deus que sara feridas e nos chama para perto.
Que sabe a quantidade de estrelas no céu e de areias no deserto.
Um Deus em que não há nEle maldade.
A gente conhece um Deus imutável e multiforme.
Então, não venha chamá-lo de imaginário.
Só porque se revolta por não comprar o seu trabalho.
A gente decidiu amá-lo e isso basta.
O Deus criador que viu a gente e achou graça.
Já que não se importou por sermos falhos...
A gente não serve a um deus imaginário.
Não.