Páscoa
Domingo de Páscoa.
É sobre não ter como começar ou como terminar.
Na verdade, há um começo: o amor.
Trata-se de amor.
O amor inicia e a sua falta encerra.
Tudo.
Se existe algo que aprendi com a maturidade, tal lição é a de que não conseguimos.
Não somos tão aptos a amar.
Por melhores que sejamos uns aos outros.
Apesar das escutas, das ajudas, da entrega - genuínas.
O outro não é capaz de receber.
Ou o próprio eu é incapaz de se abrir.
Esse é o problema da ausência do amor.
Amor que só Ele possui.
E fez.
Fez por mim e por você.
Apesar da incompreensão, da acusação, da traição - sem amor.
Por isso, eu repito: somos incapazes.
Já parou para pensar no quão verdadeiro(a) foi com aqueles que ama, justamente, pelo amor?
Ou na preocupação de querer o bem, à custa da sua felicidade, de outrem?
E que muitos se foram?
Somos incapazes.
Já refletiu que pode, também, ter sido injusto(a) com palavras, ações, todavia julgou ter sido ato de amor?
Ou que nada justifica a maldade em si?
E que diversos partiram?
Somos incapazes.
Ele ensinou - misericordioso.
Ele me ensina todos os dias.
Só Ele é capaz.
Mas, precisamos tentar ser.
Precisamos ser capazes de amar.
Capazes de conceber.
O amor é bom - a todo instante.
Amar é reconhecer.
O amor é querer aprender - sempre.
Amar é dar e receber - equidade.
O amor é divino, dádiva dos homens.
Amar é falar a língua do estar para ser - evolução.
O amor é iniciativa constante no coração.