Divina Providência
Deus! Que faço num mundo virado de cabeça para baixo?
Tão perdido que por mais que me procure não me acho?
Passa o tempo; some a graça e se petrifica meu sorriso!
Um mar de lama e de dejetos universais é onde me encaixo;
Aonde eu mergulho infinitamente por todos os hemisférios,
Conhecendo cada antro contido no Universo da imprecisão.
Eu olho para todos os lados é, juro-lhe, não encontro saída...
Fico à deriva, sem saber para onde direcionar meus passos
Querendo um pouco do teu colo; um pouco do teu abraço!
No acalanto, que por ventura, Pai, venha a me “presentear”
Eu juro que, passarei o resto da vida a lamber minhas feridas...
Pequei, meu Senhor, ao pensar em exterminar a minha vida!
Mas quando me encontrava, já, submerso no fundo do poço,
Ouvi distante, no entanto forte, o teu insistente chamado
Erguendo-me da escuridão; postando-me sentado ao teu lado.
Visualizei a divina providência. Então, ergui-me aos céus e gritei:
- Obrigado, Senhor! Permitiu-me continuar deleitando da luz
Mostrando-me compaixão e dando-me a oportunidade de viver!
Talvanis Henrique
Carmópolis/SE, 16/03/19 – 21:03