Amo o amor que se reparte.
E arde.
O amor que se doa.
E ecoa.

E nas chamas que se partiram.
Fazer com elas fogueira.
Espalhando o calor que queima.
Amo o amor que incendeia.

Amo o amor que acalma.
E desarma.
O amor que não cria muros.
Mas desmorona.

E com as pedras rompidas.
Fazer com ela uma ponte.
Espalhando a ligadura.
Com camadas firmes que perduram.

Amo o amor que provoca.
E não sufoca.
O amor que se divide.
E que se incline.

E com o respeito que ganha.
Fazer dele um amigo.
Onde às vezes se perde e se ganha.
Mas não transforma o outro em inimigo.

Amo o amor que surpreende.
E que rende.
O amor que acontece.
Efêmero.

E com a certeza da morte.
Fazer da vida uma Graça.
E queimar tudo em amor.
Com tanta força que não sobre nem as brasas.

Amo o amor que ama.
Porque o amor me amou primeiro.
Lucas Rodrigues do Carmo
Enviado por Lucas Rodrigues do Carmo em 07/03/2019
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