O abismo
Olhei para o abismo e contemplei o breu que existia.
Sem uma única luz para iluminar algum espaço.
Olhei para o abismo e fiquei pasmo.
Por tão grande escuridão que se movia.
Olhei fixamente e nada mais pude ver.
Negritude e caos se misturavam.
Olhei para o abismo e me indagava.
Como pode nada ali florescer?
Olhei para o abismo e enquanto o contemplava.
Ele me olhou de volta e com tanta raiva.
Desfaleceu minha alma e me fez escorregar os pés firmes.
Mas antes que caísse no abismo.
Apoiei-me numa raiz de oliveira e lembrei-me de Cristo.
E o abismo já não me fez mais nenhum de seus convites.