Incertezas

O céu cinza me desesperta a alma.

O vento frio, o bailar das nuvens.

Me sufocam em pensamentos.

A melodia nas árvores reverberam dias passados.

Antes enterrados no fundo deste coração.

Me levam a uma vida deixada para trás.

Onde a saudade aperta e a alma teme.

Hoje, poderia ser melhor?

Sob o frio da noite encontrei onde me agarrar por tantas e tantas vezes.

Me desprendi da saudade do que é efêmero.

Me agarrei no eterno.

Aprendi observando o infinito horizonte.

Ouvi cada vez que sussurrou minhas falhas.

Chorei minhas derrotas.

Após, exaltei cada uma destas.

Pois as comprei e paguei, fui e sou merecedor de cada uma delas.

E nelas me coloquei de pé.

Fui lavado por estas lágrimas.

Aprendi que mesmo no dia nublado.

Mesmo na noite sem graça.

O som daquele silêncio me ensina a viver.

E na solitude da alma, neste desespero do incerto, encontrei as respostas.