Teu mal é o teu recata
Queria te jogar na cama
te fazer mundana
até a gente cansar.
Deixe teu recato de lado
porque amar é despir-se
de corpo e alma dos tabus
Semeados com cuidado
Em canteiros de ervas daninhas.
Não sou teu analista,
Mas sei da angústia
Que te consome, baby.
Tu nasceste
Demasiadamente romântica
Numa cidade
Extremamente urbana.
Mas, se quiseres ser vulgar,
Vem pra cá que te levarei
A um lugar onde reina
A plebe rude em sua plenitude,
Porque a felicidade não grassa
No primitivismo excêntrico
Das cores e dos sons.