Crianças
CRIANÇAS
De sorrisos abertos e soltos
Gargalhadas livres sem censura
Sábias crianças na inocência
A malícia as confunde desde pequenas
São botões lentos se abrindo
Para a dura e certa realidade
Crescem como forem regadas
Não perfeitas, mas sendo moldadas
Serão o que viram, ouviram e viveram
Frutos de bons ou maus conselhos
Em suas conchas ou labirintos
Refletem o que aprenderam no espelho
Na pureza da fase infantil
Necessitam de um lar verdadeiro
Que as alimente com amor divinal
Com o amor que transcende o normal
Em seus ninhos sendo guardadas
Mas peraltas brincando ao vento
Pensamentos de querer sempre mais
Os olhos a contemplar a beleza do Pai
Nas mãos a doçura do agrado
A linguagem ingênua e terna
Quando acolhidas em um seguro ninho
Não voarão para buscar carinho
Serão futuros adultos bem ajustados
Se no coração guardarem o que é sagrado
Crianças de hoje, homens e mulheres do amanhã
Heranças divina, nossos pequenos talismãs.