CÍRIO DE NAZARÉ (BELÉM-PARÁ)

CÍRIO DE NAZARÉ (BELÉM-PARÁ)

Então é festa,

Festa de fé

Quem não gosta da festa,

O círio de Nazaré?

Lá vem nazinha passando, nazinha para os chegados

Com seu amor arrasando

Aos que pediram calados.

É festa, é corda, é cansaço,

Mas quem cansa quando tem fé?

É gente presa nos laços

Nós braços de Nazaré.

Romeiro do mundo inteiro

Mesmo quem não acredita

Se entra nessa corrente

Acaba perdendo a crítica.

Homens feitos e senhoras

Mulheres, moças, meninos,

Não há forte que não chore

Ao ver a mãe do divino.

Não importa qual a seita,

Ou qualquer religião

Todos curvam-se com a crença

Do povo em comunhão.

Razão? Ali só tem emoção!

Soluços de muita gente

Emocionado na praça

Quando ela entra na igreja

Todos receberam a graça.

Ela passa, um desmaia de emoção, corta a corda, prostra os joelhos no chão. Sangue, lágrimas, sacrifícios, mas todo mundo a pé, quem nunca viu emoção, nunca soube o que é fé, terá que ver de pertinho o círio de Nazaré.

Joel Marinho