Ovelhas

Ovelhas

Tu és o meu Pastor

Conheço a Tua voz

O barulho de teus pés

E também o teu suor.

Tuas palavras me orientam

E de voz vem o sustento.

Deste a vida por mim eu sei,

Eu sempre te agradecerei.

Vejo ao longe o mercenário

Ele quer me levar

Me seduz com ouro e prata.

Me incentiva a levantar,

Tem a arte da sedução,

A ele vou me entregar.

Sei que ao ver o lobo foge

Mas o brilho dos metais,

Me seduz ainda mais.

Vou , mas volto, terei paz

Cuidarei de mim, pois

Homem feito já sou,

Saberei o que fazer,

vida nova eu vou ter.

Dispersada a ovelha

Vou buscá-la onde for

Na prisão, no hospital,

Nas ruas e nas ciladas,

por todo canto espalhadas,

pois, serás sempre minha amada

Ouço a tua voz:

da esperança ao desespero,

da alegria à `agonia

do amar ao lamentar,

tanta dor

e não queres ainda voltar?

Ouve novamente a minha voz

Tanto peso sobre ti,

Venha! Troque as sandálias,

Deixe de andar por ai

Tome vestes bem branquinhas,

De perfume a banharás

Serei o teu alimento

Novamente vida terás.

Ouço tua voz, de tão longe,

Minhas forças já se foram, mas

O brilho dos metais

Já não reluzem mais.

Sou tua força, eis minhas mãos,

Ao meu lado caminharás

Vejo o cansaço em tua face

Cicatrizes da solidão

Sempre estive ao seu lado

Estendendo a minha mão

Um abraço e esquecerás

Vem comigo!

E vida verdadeira terás.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 25/09/2018
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