SEM FINGIMENTO
Sem fingimento
Não desejo poetizar o que não sinto
Fingir ser o que não sou para me enaltecer
Usar máscaras, omitir-me a essa altura
Lamentável essa condição de ser
Se o preço da fama é a desfaçatez
Escolho anonimato, calo-me de uma vez
O silêncio é melhor do que a vanglória
Presunção conduz o homem a derrota.
Na cadência vou sussurrando os meus versos
Que se propagam lentos pelo vento
Chegam e pousam em corações sedentos
Desabrocham flores em seus pensamentos.
Ditam a única verdade que me alicerça
Refugio-me, na sombra do Onipotente
Em suas asas sou conduzida ao conhecimento
Sou Dele de corpo, alma e mente.