SEM FINGIMENTO

Sem fingimento

Não desejo poetizar o que não sinto

Fingir ser o que não sou para me enaltecer

Usar máscaras, omitir-me a essa altura

Lamentável essa condição de ser

Se o preço da fama é a desfaçatez

Escolho anonimato, calo-me de uma vez

O silêncio é melhor do que a vanglória

Presunção conduz o homem a derrota.

Na cadência vou sussurrando os meus versos

Que se propagam lentos pelo vento

Chegam e pousam em corações sedentos

Desabrocham flores em seus pensamentos.

Ditam a única verdade que me alicerça

Refugio-me, na sombra do Onipotente

Em suas asas sou conduzida ao conhecimento

Sou Dele de corpo, alma e mente.

Elma Sales
Enviado por Elma Sales em 27/02/2018
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