Enevoado
Sozinho no escuro da embarcação.
Abandonado onde pensei haver risos e uma melodia.
Contemplando em pensamentos todos aqueles antigos erros.
Que ecoam pelos corredores inundados de histórias.
Mas onde estou não vejo portas nem janelas.
Um mesmo cenário por dias e dias.
Peço a Deus fagulha e um archote.
Que me leve a enxergar o farol mais próximo.
Um marco no percurso onde haja luz.
Que me esvazie dessa solidão.
Onde dias se misturam as horas.
E cada minuto traz consigo o peso de um ano.