QUATRO POEMAS NO CARMELO

I

No cimo do Carmelo

Erguendo-se na Igreja

O pomar, de Cristo, viceja

Em meio as flores do eterno.

Regados na água e no sangue,

Jorrando do Coração de Jesus,

Crescem, à sombra da Sua Cruz,

As flores e os frutos do monte.

Mas podados pela cruz

São tais, pomar e flora,

Para que, belos, frutifiquem na Luz

E a jardineira do monte

É, do Carmelo, a Senhora:

Dos carmelitas, mãe e aurora.

(S. Luís – MA, Carmelo S. José, 28/07/2015)

II

Resplende, a Eucaristia,

Presença de Cristo vivo

No Carmelo, desde o cimo

Donde brota a alegria.

Senhor, Cristo, nosso Amor,

Deus com o Pai e o Espírito,

Acolhe no amor, o que aspiro:

Guarda-me em Santo Temor!

Meu Redentor, Jesus Cristo,

Por bondade, dá-me isto!

Para eu te seguir, ó Deus Vivo!

E do cimo deste monte,

Que a Vossa Graça me alcance,

Mesmo se vier a está distante.

(S. Luís – MA, Carmelo S. José, 29/07/2015)

III

Em noite estrelada,

Ao resplendor da lua,

Estou com as criaturas

Na existência, enlaçadas.

No alto do Carmelo

Há brisa e silêncio,

Sob o luar que contemplo,

Da luz divina, reflexo.

Defronte ao firme templo

Firmado sobre a rocha,

Sinto a Presença qual tocha...

E o meu coração se angustia,

Mas, também se enche de alegria

No Amor que vem de dentro...

(S. Luís – MA, Carmelo S. José, 30/07/2015)

IV

A chuva, ao molhar,

Em meio à noite,

A terra do monte,

Dá vida ao “pomar”

E tira o calor...

Com as brisas serenas

Que, as flores pequenas,

Balouçam em candor.

Evola-se, na noite,

O Suave perfume

Dos jasmineiros... costumes...

E as trevas, ligeiras

Vão-se e, desponta novo dia:

Alvorecer de maravilhas...

(S. Luís – MA, Carmelo S. José, 31/07/2015)