Pai, obrigado

Pai, obrigado

Sinto uma vontade incontrolável de chorar

Ao me recordar de onde me retirará

Pai, eu estava em cacos

Humilhado, prostado, derrotado

E pensando em me suicidar

Faltava pouco...

Mas Tu não olhou com olhos tortos

Tu me viu como um filho a quem ama

Não se importou com os meus erros

Não apontou para meu baú de pecados...

Não me condenou...

Por que? Me diz...

Eu não merecia estar aqui

Fui um homem pífio demais

Um detrito de pessoa

E mesmo assim o Senhor ainda me salva?!

Meu chorar é de alívio e de constrangimento

Pelo seu amor que agora mora aqui dentro

Fizeste seu ninho no meu ser

Me deu uma nova vida

Se eu tentasse externar o quanto és bom com uma mera poesia

Não chegaria aos Teus pés...

A felicidade desce como cachoeira em meus olhos

Em saber que hoje tenho uma nova história

Graças a Ti

Em saber que os monstros do passado ficaram lá mesmo

Em saber que os traumas viraram experiência

E que eu posso tudo no Senhor, que me fortalece

Sou feliz em saber que meu Pai, o Senhor, me ama de uma forma que eu não imagino

Pai, o Senhor me ajuda, me protege

Me dá aconchego, me dá paz...

Se toda estrela pudesse ser transmutada em palavras, eu combinaria todas elas para te dizer:

Eu sou grato demais, eu não vivo mais sem a tua presença, eu o amo mais que tudo...

Obrigado.

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 26/06/2017
Reeditado em 26/06/2017
Código do texto: T6038260
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