O Trono
O som do vento
O sol ardente
Parado o tempo
O Sangue pingando
Na terra em frente
Aos lados e atrás
Mas sempre abaixo
Da Cruz
E embaixo a gente
Cada vez mais
A Mulher de pé
Contempla sem respirar
Aquilo que nem palavras
Podem expressar
A Cruz sobe, sobe e sobe
Tanto...
Levando à vertigem
O Santo dos santos
O Rei de Israel
Filho da Virgem
E enquanto ela sobe
A Vítima Inocente
O esgarçar dos pregos e chibatas
Em Sua Carne sente
Envolto no arminho do cuspe
E com os louros do espinheiro
De Trono tão agreste e rude
Quem mais poderia sentar
E afugentar o Diabo
Para governar o mundo inteiro
E ser por ele Ignorado?