AUTO DE NATAL
Esse é o meu auto de natal, podem ficar chocados, mas é o que sinto.
Faça de contas, que também acredito,
Nessa história que é lenda, é mito,
E que nos fala de um salvador...
De uma criança, na manjedoura nascendo,
É muito belo, vou fazer que estou crendo,
Porque, afinal, é uma história de amor.
Acredito no Cristo, isso creio,
Num homem inteligente, e que veio,
Entre nós, só para nos salvar.
Que tenha feito milagres e curas,
Que de um peixe, e pão, fez farturas,
Enquanto o povo, ia o escutar...
Que pena, que não o tenhamos ouvido,
Porque ainda somos, carne e sentido,
Não fomos tocados pela Lei do amor.
Dois mil anos, já foram passados,
Continuamos, ainda, coitados,
Num vale de infelicidades, e dor...
Até hoje, há guerras sangrentas,
Temos órfãos, que estão nas placentas,
Que não nasceram, estão a chorar...
Ah! Humanidade que não aprendeu,
Que não existe o meu, nem o seu,
Só o nosso, para administrar.
Ainda hoje, no reino, se é roubado,
E se convive com salário atrasado,
Não se tem como se festejar...
Enquanto alguns, champanhes estouram,
Com o dinheiro do povo, exploram,
Outros, continuam a se lamentar...
Esse é o meu auto de natal, podem ficar chocados, mas é o que sinto.
Faça de contas, que também acredito,
Nessa história que é lenda, é mito,
E que nos fala de um salvador...
De uma criança, na manjedoura nascendo,
É muito belo, vou fazer que estou crendo,
Porque, afinal, é uma história de amor.
Acredito no Cristo, isso creio,
Num homem inteligente, e que veio,
Entre nós, só para nos salvar.
Que tenha feito milagres e curas,
Que de um peixe, e pão, fez farturas,
Enquanto o povo, ia o escutar...
Que pena, que não o tenhamos ouvido,
Porque ainda somos, carne e sentido,
Não fomos tocados pela Lei do amor.
Dois mil anos, já foram passados,
Continuamos, ainda, coitados,
Num vale de infelicidades, e dor...
Até hoje, há guerras sangrentas,
Temos órfãos, que estão nas placentas,
Que não nasceram, estão a chorar...
Ah! Humanidade que não aprendeu,
Que não existe o meu, nem o seu,
Só o nosso, para administrar.
Ainda hoje, no reino, se é roubado,
E se convive com salário atrasado,
Não se tem como se festejar...
Enquanto alguns, champanhes estouram,
Com o dinheiro do povo, exploram,
Outros, continuam a se lamentar...