Uno

É comum errar

Eles são de carne também

E se enganam sem parar

Sentem remorso também

Veem o tempo passar

Não querem passar também

E quando a alma é de mergulhar

Conflito é parar no que lhes convém

Não há um colo maior para chorar

Sentem-se órfãos aquém

Dói menos a certeza de ver e tocar

Ou o delírio de ver além?

Não há conhecedor do que desconhecem

Ainda mais escasso lhes é o bem

"Se não há no que ater, pra que atar?"

Ainda possuem o vazio que todo humano tem

Pra eles não há pra onde voltar...

Quanto custa não ouvir o teu "Vem"?