O PRINCÍPIO DAS DORES (EM BREVE ELE VIRÁ...)
Imagine se o sol escurecesse,
A terra aos poucos deixasse de girar,
As flores não produzissem mais pólen,
Os animais não fossem mais vistos,
E as águas dos rios os esgotos enchessem,
Imagine o planeta constantemente turbulento,
Os vulcões a cobrirem as cidades de cinzas,
A poeira do deserto a sufocar nosso ar,
E a sombra das arvores nos galhos secos não achássemos,
Os homens matando por um gole d`água,
As crianças morrendo de fome,
Os velhos abandonados na rua e chorando,
Imagine um mundo em que tudo é artificial, sem mais verdade,
Os insetos aos montes na nossa mesa de miseráveis,
E o calor da radiação da guerra global,
Imagine o latido do cão machucado,
Imagine o grito da mãe desesperada,
Imagine as feridas no corpo e na alma,
Imagine o sangue como pagamento e a morte como recompensa,
Olhemos o futuro com fome e solidão nos olhos,
O frio da indiferença, a amargura do ódio, e a total falta de fé,
Vamos correr pelas cidades solitárias,
Vamos encontrar na traição um alento de ingênuos,
A água terá gosto de fel, e as comidas de veneno covarde,
Imagine que neste mundo Deus não é conhecido,
E Deus no pensamento de todos é uma ofensa,
Imagine o ranger de dentes dos demônios da riqueza injusta,
Imagine que naquele futuro não haverá nenhuma esperança,
Imagine que a morte é a solução, a única solução dos fortes?
O mundo será pequeno para tanta ambição, e ambiciosos,
Nada mais de amor,
Nada mais de carinho,
Nada mais de família,
Nada mais de alegria,
Nada mais de beleza,
Nada mais de nada, só o silêncio que causa horrores,
Os fantasmas da cultura fascista,
Os pesadelos do nazismo como solução de erradicação,
Os fantasmas de monstros adorados na antiguidade vivos,
Imagine que as trevas neste dia será tua companhia,
E tudo será venenoso para os recém nascidos,
Imagine que covardes serão amados,
E maldosos sanguinários serão o modelo para os jovens,
Imagina que a política resultará em açoites em praças públicas,
E todo o sistema de governo será uma eterna ditadura,
As florestas serão todas destruídas, e queimadas com ira,
O progresso criará mortos que comem almas,
E as estrelas jamais serão contempladas nos céus das cidades,
Imagine que poucos conhecerão o gosto de uma comida digna,
E a podridão será o cheiro das casas consideradas limpas,
Mas os pobres serão escravos de barganha entre injustos,
O medo não deixará os casais sentirem o gozo de filhos,
E toda a terra inflamará sucos de fétida morte,
A lua será traspassada como uma bola de barro,
E os dias de alegria serão proibidos de recordar,
Nada mais de brinquedos da fantasia,
Nada mais de joias e rubis,
Nada mais de pérolas que enfeitam,
Nada mais de glória e honra,
Nada mais de amor,
Somente a angústia que arrasa a fé dos valentes mortos,
Nada de um dia de sol, somente o vermelho rubro do pavor,
E os reis serão todos extintos,
Somente o rei Dragão será venerado naquele dia épico,
Todos serão arrastados para os poços da vergonha,
Todos serão arrastados por anjos que emergem da fenda do
submundo,
E os espíritos se apossarão do coração dos últimos heróis,
Haverá uma terrível praga,
Todas as fortalezas que separam os homens serão destruída,
Pássaros mortos, flores murchas e negras, nada de um consolo na
face,
O apocalipse das nações poderosas é o ruir dos incrédulos,
Deus será esquecido, e mil anos de trevas tragará a todos no vazio,
Deus será esquecido, e mil amos de horrores levará muitos ao fim,
A poeira dos oceanos secos será motivo de escárnio e zombaria,
O suor derramado no trabalho escravo será a única garantia de
comida,
Os poetas serão degolados,
Os religiosos serão arrastados ao precipício do inferno,
Os cristãos serão torturados até sua completa renúncia da cruz,
Os cristão terão suas línguas mutiladas pelo falar de Deus,
Os cristãos terão seus órgãos arrancados pelo amor a Deus,
Os cristão serão queimados juntos com seus familiares,
Os cristão serão esmagados por pedras dos seus algozes covardes,
Os cristãos serão queimados com deboche de sanguinolentos,
Naquele dia metade das pessoas do mundo será esquecida,
E os deuses pagãos pisarão na memória da bondade,
Os céus levarão as cinzas dos inocentes,
A morte é o fim...
A morte é o vir...
A morte e o fim...
A morte sem fim...
A morte...
A morte...
A morte...
Quando a morte chegar...
Este é o Apocalipse do por vim!
A aurora do Sol Eterno que voltará! Eu vejo! É o Paraíso é a . . .
A aurora do Sol Eterno que voltará! Eu o vejo! É o Paraíso é o meu . . .