O Pai sempre espera
Quis conhecer outros mundos
Peguei minha herança e parti
Provei de tudo que eu desejei
Na mentira eu fui feliz.
Não medi as consequências
E quem me aconselhava mudar
Sempre delas eu afastava
Com palavras duras ainda às maltratava.
Mas o tempo foi passando
E minha herança se acabando
Meus “amigos” de mim se afastando
Até que me encontrava sozinho.
Quando fiquei sem dinheiro algum
Sem mesmo para me alimentar
Transformei-me um pedinte
Num farrapo humano, num mendigo.
Sofri todas as humilhações
Era um Zé ninguém.
Lembrei-me da casa de meu pai
Como eram tratados seus empregados
De cabeça baixa resolvi voltar
Pedir perdão e um emprego
E ser tratado como um simples trabalhador.
Mas quando ele me avistou
Correu ao meu encontro
E nada me deixou falar
Deu-me um forte abraço
Que o seu calor
Aqueceu minha alma de amor.
Chorei em seus ombros
O seu perdão lhe pedi
Ele apenas beijava meu rosto
E feliz me dizia
Que bom que você voltou
Todos os dias neste portão eu ficava
Na esperança que iria voltar.
Assim, também é Deus nosso Pai
Ele nunca desiste de nos esperar
Ele sabe que mesmo que partimos
E o deixamos de lado
Para viver nossa vida
Um dia voltamos
Porque só Nele encontramos a paz
E a verdadeira felicidade.