Nada sou

A maior dor que já senti

Não veio do horrendo

Emergiu ferozmente

Da profundidade da beleza.

Mostrando-me quão

Ordinária e ínfima sou

Pensava que me bastava

Julgava que a tudo alcançava.

Pobre de mim!

Vagando apenas por meus olhares

Que incapazes são

De me manter certa

Da minha própria condição.

Foi ao falhar a minha voz

E ao nublar do meu sentido

Que reparei.

Ah, meu Deus!

Eu não sou nada

Sem estar contigo.

Enide Santos 08/02/16

Enide Santos (meu toque)
Enviado por Enide Santos (meu toque) em 09/02/2016
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