POEMA DE ADORAÇÃO
A cruz carregada
Pelos ombros sagrados,
Pela dor foi pintada
Nos gritos abafados.
A mesma rude cruz
Serviu-me de remissão,
Me trouxe a luz
À gloriosa missão.
De viver pela graça
Vivendo em razão
Do amor que perpassa
Qualquer geração.
Que o Eu sou me guie
Neste mundo fugaz.
e o que sou se humilhe
Em teu seio de paz.
Me prostro para te alcançar,
Buscando ajoelhado
Elevo meu olhar
Para o socorro esperado.
O salário do pecado recusei
E em Ti renovado me encontrei.
Pois, se me inclino para a vida é por Ti,
E para Ti são todas as coisas.
Meu tempo venho remir
em tuas obras mui boas.
O sangue que vertido foi
No calvário de dor.
Mostra-me quão grande Sois,
Na imensidão do teu amor.
Enquanto penso ter
O que habita em meu ser
É a ganancia.
E o que sou não é
Na poeira da minha ignorância.
Parto partido nesse mundo de perdição,
Metade sem sentido vagando na dissolução.
Cadáver acometido da morte em vida
Morto, corrompido sem enxergar a saída.
Não partirei mais assim,
Sem Tua parte em mim.
Me completarei aos teus pés,
No pranto que mostra quem tu és.
Partirei para junto estar
Ao teu lado e te adorar,
Na grandeza do teu Ser.
E sem mais dor irei te dizer:
Te amo, Oh meu Deus.