POEMA DE ADORAÇÃO

A cruz carregada

Pelos ombros sagrados,

Pela dor foi pintada

Nos gritos abafados.

A mesma rude cruz

Serviu-me de remissão,

Me trouxe a luz

À gloriosa missão.

De viver pela graça

Vivendo em razão

Do amor que perpassa

Qualquer geração.

Que o Eu sou me guie

Neste mundo fugaz.

e o que sou se humilhe

Em teu seio de paz.

Me prostro para te alcançar,

Buscando ajoelhado

Elevo meu olhar

Para o socorro esperado.

O salário do pecado recusei

E em Ti renovado me encontrei.

Pois, se me inclino para a vida é por Ti,

E para Ti são todas as coisas.

Meu tempo venho remir

em tuas obras mui boas.

O sangue que vertido foi

No calvário de dor.

Mostra-me quão grande Sois,

Na imensidão do teu amor.

Enquanto penso ter

O que habita em meu ser

É a ganancia.

E o que sou não é

Na poeira da minha ignorância.

Parto partido nesse mundo de perdição,

Metade sem sentido vagando na dissolução.

Cadáver acometido da morte em vida

Morto, corrompido sem enxergar a saída.

Não partirei mais assim,

Sem Tua parte em mim.

Me completarei aos teus pés,

No pranto que mostra quem tu és.

Partirei para junto estar

Ao teu lado e te adorar,

Na grandeza do teu Ser.

E sem mais dor irei te dizer:

Te amo, Oh meu Deus.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 23/07/2015
Reeditado em 22/10/2015
Código do texto: T5321273
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