NUM SÁBADO

Hoje o dia não nasceu, a escuridão ainda é maior que ontem, a Luz sob pedras aprisionada, por medo e desânimo, incrédulas as ovelhas seguem escondidas, "nosso Pastor se foi".

A Luz que esmaeceu, voltará a brilhar?

Aquelas mãos que curaram voltarão a se levantar?

As turbas voltaram para o seu cotidiano, os ramos estendidos havia dias já se secaram, assim como o sangue que escorreu pela via.

Os amigos choravam sua partida

O governador seguia lavando as mãos

O sinédrio reunido em seu dia sagrado celebrava a vingança

O sol nasceu como antes

Seu sagrado corpo no sepulcro jazia

Seu coração seguia amando

Seu Pai esperava

O chão inerte

O túmulo fechado

O véu rasgado

A Luz escondida

O dia de celebração veio a tornar-se o dia de dor

Virá novo dia?

...

...

E o silêncio reinava...

...

...

EJF ÁZARA

Edson Ázara
Enviado por Edson Ázara em 29/05/2015
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