NUMA SEXTA
Hoje está muito escuro, ontem, sorrateiramente a Luz foi aprisionada, fagulhas espalharam-se por todos os lados, por um medo natural as ovelhas fugiram ao verem o Pastor ferido. Brutalmente torturada a Luz seguiu brilhando, mas, aquelas mãos que se levantaram em adoração e estenderam ramos, agora tapavam seus olhos para não se ofuscarem com seu brilho, as vozes que bendiziam, agora, insufladas pelos invejosos pediam sua morte.
Um amigo próximo o seguia afastado
O poderoso governador fraquejava
O piedoso sinédrio odiava
O brilhante sol se apagava
A barulhenta turba se calava
Seu sagrado corpo sangrava
Seu coração amava
Seu Pai se calava
O chão tremia
Túmulos se abriam
O véu se rasgava
A Luz esmaecia
O dia findava
...
...
E o silêncio reinava...
...
...
Um grito rompeu o silêncio
A HISTÓRIA ESTÁ CONSUMADA!
EJF ÁZARA