TODOS CÔNSCIOS DE NADA

Nunca diga adeus

Mas se possível até logo.

Não conte uma utopia

Se possível relate seu sonho.

Tente abrir os olhos primeiro

Depois agradeça por tê-los abertos.

Como está o dia?

mas ora! Você nem se levantou!...

Nunca se furte ao responder - bom dia!

Mesmo que perceba um dia ofusco.

Nunca se abstenha de ouvir um aflito

Quem sabe,se ele não precisa de seus conselhos.

Porque encolher as mãos

Quando se estende uma mão amiga

Se quando a inimiga lhe atira uma pedra?

Porque se orgulhar da miséria alheia

Se a sua as vezes está próximo e você não sabe?

Atentai para o original

Porque o avesso vem bem atrás.

Abraçai forte o positivo.

Mas ficai de sobre aviso para um suposto negativo

E veja que ele esta vivo em qualquer situação.

Não seremos previsor de nada nessa vida.

Não temos esse poder divino.

Ele é que capaz de nos dar essa tal lucidez

E de simplesmente nos ajudar a resolvermos

Nossas responsabilidades cotidianas

E nos emana a lutarmos pelos nossos objetivos

Não é verdade?Afinal como racionais que somos.

Porém diante de tudo isso:

Somos aquele barco em mares bravios.

Sem motor, só leme a vida remando,remando

E o barco flutuando sobre fortes ondas.

Aportará em um cais tranquilo ou não aportará?

És aquela dúvida que paira

Sobre essa remadora chamada vida

Que exclama - será que amiga morte está parida?

Acabou minhas forças, mas resta-me a esperança.

Ela só não tinha a convicção nem a lembrança

Que a morte mata a esperança e deixa algumas desculpas

Nos alivia do sofrer, nos separa do luxo e das riquezas

Nos retrai da ganância,do orgulho,vaidade e destreza.

E nos induz a seguir a um só caminho inesperado.

Repleto de mistérios onde todos serão exatamente iguais

Indecifráveis, inertes, todos cônscios de nada

A espera de um futuro e longo julgamento final.

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ

Salvador 09 de abril de 2015.

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Enviado por JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ em 09/04/2015
Código do texto: T5200404
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