MANSO CORDEIRO
Pedra- PE, 07 de maio de 2003
Programei te dar um amor tão bonito
Límpido. Sem barreiras, todo reto
Que fosse eterno, puro, infinito,
Bem-aventurado, fiel, bendito,
Transparente, doce e completo;
Um amor tão grande e paciente.
Sem mágoas... e muito piedoso.
Um mártir justo, muito inocente,
Manso cordeiro reluzente
Que se fez em sacrifício doloroso.
Mas tu não entendeste esse amor
Recusou-o. E eu fiquei tão triste.
E vives hoje noutra realidade
Deixando-me morrer só na saudade
Alimentando-se da esperança que existe...
Que pena! Meu amor, que foste embora!
Que não quiseste conviver com meu amor!
Um presente de vida que se aflora
No meu ser qualquer dia, qualquer hora
Pronto para derramar o seu fulgor.
Tudo bem, meu bem, eu te perdoou.
E estou sempre doado a te amar.
Basta querer vir a mim que a ti me doou.
Que a esperança ainda não acabou
E que eu não canso de te esperar.