NOÉ
Os oceanos pareciam concordar,
Acrescentando suas águas...
Compondo gigantescas ondas,
Progredindo pelas encostas...
Os homens assustavam-se ao ver
E corriam sem ter pra onde ir...
Pareciam vivas águas nos abalos,
Que aos montes preenchiam...
Nestes movimentos insólitos,
Sem apreciar, mas com reverência...
Projetava-se um homem sólido,
Com sua família e casais de animais...
Adentrados em sua arca de madeiro,
Seguindo a deriva sobre as águas...
Ao reencontro da terra na eternidade,
Advindo da desobediência dos homens...
As chuvas não davam trégua sequer,
Os mares agitavam-se com suas águas...
Toda a terra encoberta permaneceu,
Até quando O Santíssimo ordenou...
Após quarenta dias e quarenta noites,
Noé e os seus, alcançaram o amainar...
Sobre um auge, foi sua arca empacar
E sobre outro chão... Noé foi habitar!
Autor: Valter Pio dos Santos
Jul-2013