Seu nome
Saiba, seu nome, uma, duas,
três, muitas vezes fora escrito...
Seu nome: uma vez,
duas, por favor. Mais uma.
Seu nome é dito e redito.
Seu nome é endossado,
escrito, reescrito, alegorizado,
metaforizado, reiterado, amado;
seu nome é exemplificado,
como de exemplo, apesar do tempo.
Ah, seu nome contêm na Escritura,
contem na mais perfeita moldura.
Seu nome é embasado, baseado,
endossado, reiterado:
seu nome é escriturístico.
Seu nome é o mesmo
da mulher alicerçada sobre a rocha imutável;
sobre a pedra angular inabalável.
Seu nome é vindo já de outrem, de outrora.
Ele, o seu nome, é belo,
tanto o nome como à mulher.
Reitero: seu nome foi escrito no livro da vida,
tanto o seu como da sua antiga xará, a qual foi fiel até a morte.
Seu nome - dado já outrora - é referência,
é exemplo a seguir, é nome antigo de se ver.
Seu nome foi escrito e reescrito:
não por ele em si,
mas a quem tal nome seguiu;
como prosseguiu, viu,
como enxergou, auxiliou.
Seu nome foi de nobre porte,
de valorosa estatura.
Seu nome - outrora já outorgado - conquistou rei, reinos;
nem b, nem c, nem d...
Seu nome foi dado em meio à saraiva,
em meio à ardente pedra encrostada.
Seu nome teve belíssima portadora,
ele foi cobiçado.
A saber, pego emprestado tal letra,
tal sonoridade, tal fonética, tal molde,
tal estrutura, tal nomenclatura, tal caractere,
mesmo não sendo de meu costume...
Seu nome fez isso, 't'eu não - pergunte-me, então entenda.
Sim, em meio à fornalha, em meio a saraiva,
pela sarça que arde mas não queima,
seu nome foi por mim visto, e a mim apresentado.
[Seu nome: na escritura, neste texto,
como de jogral, como de acróstico.]
Cesare Turazzi, em tudo capacitado pelo Altíssimo.
[23/06/13]