Não te permito naufragar
Noite escura
Ausência de luar
Balanço das ondas
Oceano a bailar
Surge ao longe tão frágil
Pequeno barco a navegar...
Lembro-me de Pedro
Apóstolo do Cristo
Ao vislumbrar um vulto
Sobre as águas ser visto
Caminhando tranquilo
Nenhum medo oculto.
Junto aos seus companheiros
Acometidos pelo susto
Mas logo reconheceram
Tratava-se do Senhor Amado
Quis Pedro andar sobre as ondas
E colocar-se ao seu lado.
Permissão concedida
Pôs-se a caminhar
Mas a fé lhe faltou
Sentiu que iria afundar
Pediu socorro então
Revelando seu lado fraco
Não sentia a seus pés
A firmeza do barco.
Quantas vezes pedimos
Coisas quase impossíveis
Sendo, pois concedidas
Assustados, aturdidos
Pensamentos horríveis
São soprados aos ouvidos.
Prestes a sermos vencidos
Por desânimo e fracasso
Eis que surge Jesus
E nos carrega em seus braços.
Nossa fé se renova
Vai além do visível
Obras tão grandiosas
Fez o Mestre na Terra
Por que não faria agora
Através dos seus discípulos
Cuja fé nas Promessas
Em seu peito se encerra?!
Gratidão
Hoje e sempre
Por toda a eternidade
Nem sempre percebemos
Mas as lutas que temos
São trampolins a nos alçar
Para além deste mar
Onde o Cristo Nazareno
Encontra-se sereno
Dizendo “Filho, eleva-te!”
Não te permito naufragar!