Não te permito naufragar

Noite escura

Ausência de luar

Balanço das ondas

Oceano a bailar

Surge ao longe tão frágil

Pequeno barco a navegar...

Lembro-me de Pedro

Apóstolo do Cristo

Ao vislumbrar um vulto

Sobre as águas ser visto

Caminhando tranquilo

Nenhum medo oculto.

Junto aos seus companheiros

Acometidos pelo susto

Mas logo reconheceram

Tratava-se do Senhor Amado

Quis Pedro andar sobre as ondas

E colocar-se ao seu lado.

Permissão concedida

Pôs-se a caminhar

Mas a fé lhe faltou

Sentiu que iria afundar

Pediu socorro então

Revelando seu lado fraco

Não sentia a seus pés

A firmeza do barco.

Quantas vezes pedimos

Coisas quase impossíveis

Sendo, pois concedidas

Assustados, aturdidos

Pensamentos horríveis

São soprados aos ouvidos.

Prestes a sermos vencidos

Por desânimo e fracasso

Eis que surge Jesus

E nos carrega em seus braços.

Nossa fé se renova

Vai além do visível

Obras tão grandiosas

Fez o Mestre na Terra

Por que não faria agora

Através dos seus discípulos

Cuja fé nas Promessas

Em seu peito se encerra?!

Gratidão

Hoje e sempre

Por toda a eternidade

Nem sempre percebemos

Mas as lutas que temos

São trampolins a nos alçar

Para além deste mar

Onde o Cristo Nazareno

Encontra-se sereno

Dizendo “Filho, eleva-te!”

Não te permito naufragar!

Bete Ribeiro
Enviado por Bete Ribeiro em 10/05/2013
Código do texto: T4283659
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