Maldita esquerda
Maldita seja tua mão esquerda:
aquela que apoia as comunidades e comunitários;
decepada seja esta mão,
que traz opressão e terror aos demais,
amando tantos Problemáticos Trastes.
Maldita seja esta tua esquerda:
ela, que me privatiza e os deixa
como governo para uma sociedade de mortos.
Esta, que constrói cortiços, circos,
comunidades de tamanha grandeza
com tamanha miséria de ser
que nem em um país varonil - aqui põe-se a rima; implícita na desinência,
na mente do leitor e já prévia pelos compatriotas -,
comporta tantos comunitários.
Maldito seja teu líder:
que odeia a capital, o capital;
odeia o sermos privados,
odeia a posse alheia, a casa própria,
a individualidade no meu boi,
e o respeito no seu cabrito.
Ele, que ama apenas as comunidades:
que então ame o ladrão
que adentra em sua casa;
ofereça-o à sua mulher, convide-o para entrar,
chame-o de meu amigo com um café e charuto.
Aborta teu filhinho
que está por vir,
aborta-o na varanda!
Mata também tua mulher,
não deixando-a ir ao hospital.
Assassina teu irmão,
não deixando-o comprar sua comida,
vociferando contra a livre compre.
Maldita seja [esta] tua comunidade,
teus comunicados, teus compatriotas;
tuas leis que não regem, mas que são sem lei,
sem comandante, sem líder, sem juiz,
apenas com um retalhador;
tem por herói homem morto, caído, assassino.
Ditam as iniquidades, e como já foi dito:
odeiam toda lei, querendo ser seus próprios deuses.
Malditos sejam:
todos os que odeiam a lei e o sistema governamental governador
dados no monte Sinai, no arraial, nas cidades;
na pedra de tropeço, angular da esquina - ensanguentada, toda ela.
Que tua mão esquerda,
que esta tua esquerda seja decepada,
morta, posta ao fogo, assim deixando a sociedade;
e que o reconstrucionismo perfeito seja visto,
avistado por todos: a liberdade e perfeição da Lei em toda sociedade.
Cesare Turazzi, em tudo capacitado pelo Altíssimo
[09/05/13]