Nada, controle de nada
Nada, absolutamente nada.
Eu não controlo nada,
não tenho algum controle sobre mim.
Não sei o que vou fazer amanhã,
se vou armar tenda,
fazer esse ou aquele negócio,
eu não sei de nada.
Nada, nada,
absolutamente nada;
palpavelmente nada,
nenhum e nada,
o nada é palpável, é vivo.
Pois, quem pode ir contra Seus decretos?
- ninguém!
Sou preso aonde não quero,
e faço o que não desejo;
faço o que desejo,
volto a desejar o que faço,
não tenho sequer algum controle
de absolutamente nada.
Beber água, comer,
vestir-me quer queira ou não,
dar dois passos ao acordar,
não sei, não consigo saber!
Nada, absolutamente nada...
nenhum controle,
não faço o que quero,
e faço o que não quero - estou preso!
Não quero sofrer - sofro!
Quero sofrer - não sofro!
Calço meus sapatos,
caso não queira calçarei mesmo assim...
para lá eu vou! E é para lá mesmo que não vou então...
Nada, absolutamente nada.
Nada, nada, nada!
Palpavelmente nada,
o nada é palpável!
Não tenho algum controle sobre nada, nada!
Amanhã morrerei?
Nada sei... apenas sei que não tenho controle sobre nada:
eu sofro até onde não quero,
e talvez meu querer volve ao sofrer.
Nada, absolutamente nada...
estou preso;
Não tenho controle de nada, nada..
o nada é palpável...
[...]
[27/04/13]
Cesare, em tudo capacitado pelo Senhor.