Procissão dos Passos

Segue em silêncio,

Aquele que caminha.

Olhos turvos,

Nas mãos uma vela acesa.

Quentes lágrimas derramam,

Das janelas fechadas do casario

Espreitam fantasmas inconfidentes,

E gemem

Sob a medonha voz da Verônica

E a face do cristo morto.

Os passos são lentos e irregulares,

Como irregular e lenta é a humanidade.

Matracas a perturbar,

Atentam para a justiça dos cravos,

Que o homem ainda teima em usar.

* Semana Santa em Tiradentes MG

Marcelo FAS
Enviado por Marcelo FAS em 01/04/2013
Código do texto: T4217783
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