Procissão dos Passos
Segue em silêncio,
Aquele que caminha.
Olhos turvos,
Nas mãos uma vela acesa.
Quentes lágrimas derramam,
Das janelas fechadas do casario
Espreitam fantasmas inconfidentes,
E gemem
Sob a medonha voz da Verônica
E a face do cristo morto.
Os passos são lentos e irregulares,
Como irregular e lenta é a humanidade.
Matracas a perturbar,
Atentam para a justiça dos cravos,
Que o homem ainda teima em usar.
* Semana Santa em Tiradentes MG