QUE SERIA DO HOMEM
O QUE SERIA DO HOMEM
Wilton Porto
O que seria do homem
Se não houvesse a vitória
Da vida sobre a morte?
Nascer, ter-se um nome,
Tanto esforço, fazer história,
É como viver-se sem ter um norte!
Quando vejo no corpo,
Essas dores que não têm fim,
E o remédio que há no copo
Não dar resultado em mim,
Penso nAquele qu’está no topo:
Não creou a morte, mas o jasmim.
Se entre tudo, a indiferença,
Fome, morte, decepção...
Só neste Cristo pondo-se a crença,
Para andar-se com a razão.
Só como Abraão: de fé intensa,
Para ter-se a graça de Simeão.
Vejo neste mundo uma rude escola,
Cujo papel é: fazer-nos Anjos.
Para eliminarmos a dor que nos assola,
E seguirmos a igreja com todos os Arcanjos.
Sinto nesta terra, que de sofrimento amola,
Através do entregar-se em doação,
A forma indispensável, a grande mola,
Para atingirmos, vez por toda, a perfeição.