OVELHA PERDIDA

OVELHA PERDIDA
Jorge Linhaça

Se'encontro-me ,ó Pai, de ti desgarrado
Entre os abismos agora suspenso
Vem e m'oferta teu amor imenso
Pra qu'eu retorne, enfim, ao teu lado

Se hoj'eu me perco no mar do pecado
E s'o que pensas é mor do qu'eu penso;
-Na minha carne ao mal sou propenso-
Não me permitas andar enganado

Noventa e nove ovelhas guardadas
Na segurança d'eterno redil
Pr'uma centena só falta a perdida

Eu que hoje ando desfeito no nada
Peço desates o que me cingiu
Pra qu'eu retorne à luz nesta vida

SP, 29 de maio de 2010

contatos com o autor
anjo.loyro@gmail.com