“CANTO AO VENTO”
Vento...
É como cantou o poeta,
Vive sempre a balançar,
A palha dos coqueirais,
Nas praias de beira mar!
Vento...
Carrega bancos de areia,
Para as Dunas se formar,
Navega nos quatro cantos,
Sem ter afeição nem lar!
Vento...
Esse é o mesmo mocinho,
Que leva minha saudade,
Que formar redemoinho,
Destroçando as cidades!
Vento...
Nós sentimos seus efeitos,
No vigor das tempestades,
E de súbito vai varrendo,
Sem respeito nem idade!
Vento...
Que transporta as alegrias,
Nas vidas por onde passa,
A esse ser nos redemos,
Sem ti perdemos a graça!
Vento...
Tema de tantos poetas,
O amigo dos jangadeiros,
Navegadores dos mares,
A impulsionar os veleiros!
Vento...
Que sobe e desce as colinas,
Corre em qualquer direção,
Cumprindo à risca sua sina,
Sem ter cérebro ou coração!
Vento...
Sem mágoas e sem rancor,
Leva a cabo sua trajetória,
Segue amenizando o calor,
Sem galardão e nem gloria!
Cbpoesias.
20/04/2025.