TUDO SOBRE O QUE NÃO PODE MAIS SER
A angustiante dor
Do que não pode mais
A espera sem esperança
O alvo agora
Sou eu,
Sei bem
Está tranquilo
Porém fui avisado
Sobre a tempestade
E a incompreensão
Saí de casa
Porque queria fugir
Nadei, nadei
A praia logo ali
A Lua vermelha
Sangue de heróis
A boca aberta
De abocanhar.
É pura fase
Face projetada
Maquiada
Amanhã na mídia.
Às vezes
A lua brilha amanhecida
O cálculo da sua rotação
Comprometida
Deixei minha alegria
Ainda aflita
Água escorrida
Aflita exposição
O giz na minha mão
Conta outra história
Apagará amanhã
A luz atenta
Tenho certeza agora
Você vem comigo
Sempre acompanhada
Com seu brilho.
A minha filha ou
A primeira dela
A árvore frutífera
Bem ali minha janela
A ilusão de ver o trem
Vindo aquele rastro
E o seu paço infinito
Marcando a terra.
O trato é saber perder
De fato se arrepender
É sempre gratificante
Alívio semelhante.
A primeira flor do meu jardim
A minha filha e a primeira dela
No meu lugar
Palavra oculta.
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