TUDO SOBRE O QUE NÃO PODE MAIS SER

A angustiante dor

Do que não pode mais

A espera sem esperança

O alvo agora

Sou eu,

Sei bem

Está tranquilo

Porém fui avisado

Sobre a tempestade

E a incompreensão

Saí de casa

Porque queria fugir

Nadei, nadei

A praia logo ali

A Lua vermelha

Sangue de heróis

A boca aberta

De abocanhar.

É pura fase

Face projetada

Maquiada

Amanhã na mídia.

Às vezes

A lua brilha amanhecida

O cálculo da sua rotação

Comprometida

Deixei minha alegria

Ainda aflita

Água escorrida

Aflita exposição

O giz na minha mão

Conta outra história

Apagará amanhã

A luz atenta

Tenho certeza agora

Você vem comigo

Sempre acompanhada

Com seu brilho.

A minha filha ou

A primeira dela

A árvore frutífera

Bem ali minha janela

A ilusão de ver o trem

Vindo aquele rastro

E o seu paço infinito

Marcando a terra.

O trato é saber perder

De fato se arrepender

É sempre gratificante

Alívio semelhante.

A primeira flor do meu jardim

A minha filha e a primeira dela

No meu lugar

Palavra oculta.

guedesharasmar@gmail.com

Geraldo Guedes Cardoso
Enviado por Geraldo Guedes Cardoso em 29/03/2025
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