VOLTANDO DO LIMBO
Estive preso no limbo,
Onde tudo é escuro,
Eu era prisioneiro de pensamentos,
Que me fizeram encolher.
Fui direto ao fundo de um poço,
De águas turvas e muita lama,
Onde fiquei preso,
Sem conseguir me salvar.
Eu gritei por socorro,
Muito alto, perdi a voz,
Ninguém me ouviu,
Me senti muito só.
Não tive tempo de chorar,
Nem de sentir medo,
Eu não estava em mim,
E pouco sei onde estava.
Vi meu corpo ali submerso,
Em meio a muitos fantasmas,
Eles flutuavam em volta,
Alguns gritavam.
Apático, no limbo e atolado,
Pensei em desistir,
Deixar minha luta de lado
E simplesmente partir.
Apaguei, desmaiei, por algum tempo,
Quando eu senti alguma coisa,
Um toque aqui dentro
Que logo me acordou.
E, de repente, eu tinha força,
Não sabia de onde ela vinha,
Comecei a lutar intensamente,
E das trevas eu saí.