EITA MUNDO SOFRIDO!
E o mundo sofre, coitado,
Com a irresponsabilidade humana,
Está doente, acamado,
Acometido por uma peste.
Leva tanta porrada e mesmo assim
Gira de forma acanhada, cumpre o seu destino.
Sua doença, ainda sem fim,
Causa calor, tempestades e trovoadas.
E o homem, o culpado desse desastre todo,
Faz-se de desentendido e inocente,
Nega o que está explícito
De forma veemente.
E então o mundo se esforça
Para manter firme a vida,
Mas humano algum toma a frente
De fazer a mudança que é devida.
E não é só chuva e trovoada,
Há também a mata seca
Que sucumbe às queimadas,
Potencializando o calor que mata.
Os rios estão todos sujos,
Jogam neles todo o esgoto
E também restos químicos,
Que faz ruim a água boa.
E o homem, nem aí,
Passa o tempo discutindo
Se o planeta está aquecendo,
Ou se quem o diz está mentindo.
Não consegue ver o óbvio,
Só enxerga o seu próprio interesse,
Mas a vida cobra o preço,
Que já está impagável.