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Escrever o futuro é querer prever o que não aconteceu

Posso desejar muitas felicidades e um mar de rosas

Para uma vida que está prestes a chegar ao fim

Dos preconceitos da escrita exilo a minha vida

Dentro da vulgaridade que transborda

Deixo a última chance de sobrevivência

Cansei das nuances perversas da sociedade

Pensar no futuro é alimentar a angustia

E o passado é uma folha que já foi escrita

Vivemos de abraços que podem ser despedidas

De molduras que escondem a perversidade humana

De fantoches que acham que estão salvando o planeta

Estão comercializando os sentimentos

Esse presente é de muitos alentos e tormentos

Acenderam a fogueira e não controlaram o fogo

Agora todos precisam combater o incêndio

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 02/01/2025
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