312°
Escrever o futuro é querer prever o que não aconteceu
Posso desejar muitas felicidades e um mar de rosas
Para uma vida que está prestes a chegar ao fim
Dos preconceitos da escrita exilo a minha vida
Dentro da vulgaridade que transborda
Deixo a última chance de sobrevivência
Cansei das nuances perversas da sociedade
Pensar no futuro é alimentar a angustia
E o passado é uma folha que já foi escrita
Vivemos de abraços que podem ser despedidas
De molduras que escondem a perversidade humana
De fantoches que acham que estão salvando o planeta
Estão comercializando os sentimentos
Esse presente é de muitos alentos e tormentos
Acenderam a fogueira e não controlaram o fogo
Agora todos precisam combater o incêndio
Otreblig Solrac - O poeta burro