310°

Tenho medo de voltar a adoecer

A me sentir pressionado a deixar a vida

Tenho tanto ainda para viver

Não é uma queda que vai me enfraquecer

Tenho amadurecido com as cicatrizes

Não posso deixar que voltem a ser feridas

Tenho muito a dar a vida antes de morrer

Dias difíceis todo mundo passa

E eu que sou fadado a ser o cavalo

Fujo dessa brutalidade braçal

Estou em revolução o tempo todo

Sou um sujeito de sorte

E esse ano eu não vou morrer

Sou competente no que faço

E assim seguirei os meus passos

Cada um sabe onde aperta o calo.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 26/12/2024
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