Canto das aroeiras

Abri a porta e para rua saí,

Deixei para trás tudo o que fui,

Passado, memória que se foi,

Deixou marca que não interessa.

O vento me tocou a pele,

Sussurrou promessas ao ouvido,

Na alma, repressão rompida,

Eco de um sonho tolido...

Caminhei sem rumo ou lugar,

O presente, um vasto horizonte,

Onde a vida se refaz na fonte

De tudo que ouso desejar.

Deixei a dor, deixei a prece,

Deixei as grades que me prendiam.

Abri a porta e saí, sou o agora,

O futuro só o temo pode definir