DE TUDO UM POUCO
A vida tem umas coisas,
Sei lá, talvez só dela,
Ela dá umas voltas,
E não volta na partida.
A vida tem sua linha
E ai de quem sai dela,
Sobra pelo caminho,
Nunca mais senta na janela.
E o cara que se achou
A última bolacha do pacote?
Descobriu que é essa
A que sempre está quebrada.
A mocinha que se achava,
Se colocou num pedestal,
Mas ela se agachava,
E perdeu-se no vendaval.
O homem era bruto,
Verdadeiro animal,
Encontrou uma mão forte,
Levou-a no meio do nariz.
E o dinheiro, essa miséria,
Corroeu a mente humana,
Por um punhado dele,
O ser humano faz coisas insanas.
Muito grito, pouco pensamento,
Essa é a arma do ignorante,
Enquanto isso lá no Parlamento,
Gastam grana fazendo implante.
Na vida há os que choram,
E os que fazem festa.
O que sobra para esses
Para os outros é banquete.
E a vida continua,
Seguindo o seu rumo,
Tem aqueles que desembarcam,
Outros vão até o seu limite.