247°
Acreditei muito no amor
Queria ter minha imagem postada
Queria ser amado o tempo todo
E jurava amor e usava uma viseira
Pulei num oceano, mas era uma trincheira
Empurrei com a barriga um não sentimento
Alimentei com ilusão o não amor
Coloquei todas as expectativas na minha amada
Que de amor não tinha nada
Vivia sempre um conto de fadas
Neguei a realidade e isso quase me mata
Não foi legal confundir amor
Com dependência emocional
Tive que me curar sozinho
Aprender a ser só e não buscar carinho
Foram dias pesados e sombrios
Tudo por uma crença não real
Para no fim virar um ateu sentimental
Otreblig Solrac - O poeta burro