Resiliência das Baratas

Baratas brincam na sombra da cozinha,

Tentamos, com armadilha, elimina-las,

Mas elas resistem e se defendem sozinhas.

Um spray, dois sprays, o frasco esvazia,

Mas as baratas resistem, noite e dia.

Cada gota do veneno que antes as calava,

Agora, em seu corpo, é o que as fortifica.

O homem se cansa, o veneno as fortalece

Ciência desafiada, o temor cresce.

E as baratas, com riso, continuam a brincar,

Soldados já não conseguem elimina-las

Na guerra invisível entre homem e praga,

A persistência das baratas é o que estraga

No jogo da vida, de luta e resistência,

Cansa primeiro quem perde a paciência.