O POETA, NUNCA PODE FICAR CALADO!

Tenho me tornado escravo da vontade

Espelho natural deste alguém solitário

Que a vida não ensinou compreender

As vagas insólitas que a vida tem

Escrevo tudo o que ao meu coração convém

As vezes até sem sentido algum

Mas minha alma sabe o que ela trás

Este ser indiferente que as vezes sangra

As vezes chora quase que por uma saudade

Mas mesmo que chorando calado

Esperando que mais uma nova poesia

Pode lhe trazer algum alívio por dentro

Libertando esta pobre alma desesperada

Pois este seu espírito bandoleiro

Não suporta mais este cativeiro

Seu choro se transforma em lamento

Escrevendo suas agruras ou alegrias

Apenas mais uma de suas poesias

Sai lhe porta a fora a este desejo

De se escrever pela necessidade

Oriundo das suas calamidades

Mesmo que quando da morte chega o beijo

Entendendo que já não poderá ser covarde

Mesmo que ninguém se importa de ler

Nenhum dos versos aqui lavrados

Pois para ele então sobreviver

Independente do seu resultado

Tem que deixar tudo bem registrado

Como um mestre da Poesia disse

O poeta, nunca pode ficar calado!

Charlis
Enviado por Charlis em 22/08/2024
Reeditado em 22/08/2024
Código do texto: T8134904
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