O POETA, NUNCA PODE FICAR CALADO!
Tenho me tornado escravo da vontade
Espelho natural deste alguém solitário
Que a vida não ensinou compreender
As vagas insólitas que a vida tem
Escrevo tudo o que ao meu coração convém
As vezes até sem sentido algum
Mas minha alma sabe o que ela trás
Este ser indiferente que as vezes sangra
As vezes chora quase que por uma saudade
Mas mesmo que chorando calado
Esperando que mais uma nova poesia
Pode lhe trazer algum alívio por dentro
Libertando esta pobre alma desesperada
Pois este seu espírito bandoleiro
Não suporta mais este cativeiro
Seu choro se transforma em lamento
Escrevendo suas agruras ou alegrias
Apenas mais uma de suas poesias
Sai lhe porta a fora a este desejo
De se escrever pela necessidade
Oriundo das suas calamidades
Mesmo que quando da morte chega o beijo
Entendendo que já não poderá ser covarde
Mesmo que ninguém se importa de ler
Nenhum dos versos aqui lavrados
Pois para ele então sobreviver
Independente do seu resultado
Tem que deixar tudo bem registrado
Como um mestre da Poesia disse
O poeta, nunca pode ficar calado!