216°

Meus delírios escritos ou digitados

Navalham a mão calejada de trabalho

E me tiram a realidade desumana

Vou anarquizando meus versos

A poesia não pode ser vista

Ela existe para ser sentida

E apesar dos apesares eu a sinto

Sinto muito por amar a vida

Apesar de parecer assintomático

Em mim ferve uma vontade de viver

As mãos atrofiadas carregam a escrita

De um poeta que precisa se alimentar

De um corpo de energia limitada

Se esgotando diariamente

E deixando de ser visto

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 20/07/2024
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