PERTENÇO AO MUNDO
Sim, pertenço ao mundo,
Sou imundo, mundano,
De repente eu mudo,
Me desnudo, não recuo...
Sou isso e aquilo,
Mais do mesmo,
Sem ser o mesmo,
Bem menos. Absurdo!
Saio daqui, depressa,
Volto, sem pressa,
Se é que volto.
Ah, não estressa!
Sou da lama suja,
A que não se molda,
Já tentaram me fazer pedra,
Quebraram a cara...
Sou barato, estou na banca,
A xepa não me quer.
Fico lá, espero,
Alma boa que vier.
O mundo é meu dono,
Pôs-me cabresto,
Anda montado em meu dorso,
E eu nem esquento.