Palavras

Palavras galantes

Encantadoras

Soltas

Enfeitadas num ramalhete

Adorna a gentil alma

Do fogo pueril

Dos sentidos deleita

A face de amor

Não digo palavras

Não digo!

No muro formal

Gélido e esquecido

Dos verbos arrancados

Das usuras

Desvairadas

Do ato artístico

Emolduram a eternidade

Arrancam prantos

Constroem o mundo

A veia torrente da pena

Amorosa e faceira

Lirica na forma

Doce como mel

Que te como torrão

Servida na chávena

De prata e ouro

No encanto de seu destino

A musa delirante

De todas as horas

Valdecir Rezende de Souza
Enviado por Valdecir Rezende de Souza em 23/02/2024
Reeditado em 23/02/2024
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