Palavras
Palavras galantes
Encantadoras
Soltas
Enfeitadas num ramalhete
Adorna a gentil alma
Do fogo pueril
Dos sentidos deleita
A face de amor
Não digo palavras
Não digo!
No muro formal
Gélido e esquecido
Dos verbos arrancados
Das usuras
Desvairadas
Do ato artístico
Emolduram a eternidade
Arrancam prantos
Constroem o mundo
A veia torrente da pena
Amorosa e faceira
Lirica na forma
Doce como mel
Que te como torrão
Servida na chávena
De prata e ouro
No encanto de seu destino
A musa delirante
De todas as horas